As deficiências resultantes da falta de aprendizagem mediada
são antes periféricas do que centrais, e refletem atitude e motivação
deficientes, falta de hábitos de trabalho e esquemas de aprendizagem ao invés
de incapacidades estruturais e de elaboração.
Evidências da reversibilidade do fenômeno tem sido
encontrado em trabalhos clínicos e experimentais – especialmente através da
avaliação dinâmica – (Dispositivo de Avaliação do Potencial de aprendizagem –
“Learning Potential Assessment Device” – LPAD). O LPAD também nos capacitou a
estabelecer um inventório de funções cognitivas subdesenvolvidas, pobremente
desenvolvidas, ou debilitadas. Estas nós categorizamos como níveis de Input,
Elaboração e Output.
Funções cognitivas debilitadas afetando o nível de Input
incluem debilidades quantitativas e qualitativas dos dados recolhidos pelo
indivíduo, quando confrontado por um problema, objeto ou experiência. Incluem:
1. Percepção confusa.
2. Comportamento investigativo não-sistemático, impulsivo e
equivocado.
3. Falta de, ou debilidade, de ferramentas verbais capazes
de discriminar (ex. objetos, eventos, relações, etc. não possuem nomes
apropriados).
4. Falta de, ou debilidade, de orientação espacial; a falta
de sistemas estáveis de referencia debilitam o estabelecimento de uma
organização topológica e Euclidiana do espaço.
5. Falta de, ou debilidade, de conceitos de tempo.
6. Falta de, ou debilidade, de conservação de constantes
(tamanho, forma, quantidade, orientação) através da variação dos fatores.
7. Falta de, ou deficiência, de precisão e acuidade dos
dados recolhidos.
8. Falta de capacidade de considerar duas ou mais fontes de
informação (ou hipóteses) de uma vez; isto reflete que os dados são tratados de
forma isolada, ao invés de fatos organizados em um todo.
A severidade da debilidade no nível de Input também pode
afetar o funcionamento dos níveis de Elaboração e Output, mas não
necessariamente.
Funções cognitivas debilitadas afetando o nível de
Elaboração incluem aqueles fatores que impedem uma avalição eficiente da
informação e das dicas ou sugestões.
1. Percepção inadequada ao definir um problema existente.
2. Incapacidade de selecionar aspectos relevantes e não
relevantes não definição de um problema.
3. Falta de um comportamento comparativo espontâneo, ou
limitação na sua aplicação.
4. Campo psíquico tacanho, medíocre.
5. Compreensão parcial da realidade.
6. Falta de, ou debilidade, na necessidade de perseguir
evidências lógicas.
7. Falta de, ou debilidade, de interiorização.
8. Falta de, ou debilidade, no pensamento
hipotético-inferitivo, pensamento “E se…?”.
9. Falta de, ou debilidade, nas estratégias de testar
hipóteses.
10. Falta de, ou debilidade, na habilidade de estruturar um
comportamento adequado para solucionar um problema.
11. Falta de, ou debilidade, no planejamento.
12. Não-elaboração de certas categorias cognitivas porque os
conceitos verbais necessários não fazem parte do indivíduo, ou não são
mobilizados em um nível expressivo.
Pensar normalmente se refere a elaborar sugestões. Estas
sugestões podem ser originais, criativas, e ainda que corretamente elaboradas
podem gerar respostas erradas, porque foram baseadas em informações inadequadas
e inapropriadas no nível de Input.
Funções cognitivas debilitadas afetando o nível de Output
incluem aqueles fatores que levam a uma inadequada comunicação das soluções
encontradas. Note que informações corretamente percebidas e elaborações
apropriadas podem ser expressadas incorretamente.
Deve-se notar que, mesmo dados e elaborações corretas podem
ter sua solução expressa incorretamente, se existirem dificuldades nesse nível.
1. modalidades egocêntricas de comunicação.
2. Dificuldades na projeção de relações virtuais.
3. Bloqueios.
4. Tentativas inadequadas de responder.
5. Falta de, ou debilidade, de ferramentas para comunicar
adequadamente as respostas elaboradas.
6. Falta de, ou debilidade, na necessidade de precisão e
acuidade na comunicação das respostas.
7. Deficiência na transposição visual.
8. Comportamento impulsivo.
Os três distintos níveis foram concebidos de forma a trazer
alguma ordem à matriz de funções cognitivas deficientes em situações de
carência cultural. No entanto, há a interação que ocorre entre os níveis, que é
de importância vital para compreender a extensão e a penetração da disfunção
cognitiva.
Leia mais em:
http://www.icelp.info/
http://educacaodialogica.blogspot.com.br/2013/07/as-28-deficiencias-da-inteligencia.html
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