Dois evangelistas foram detidos pela polícia e precisaram comparecer diante de um tribunal na Inglaterra, acusados de promover a desordem pública e intolerância religiosa. Em julho do ano passado, Michael Overd, de 52 anos, e o norte-americano Michael Stockwell, 50 anos, pregavam nas ruas da cidade de Bristol, quando foram interpelados por um grupo de pessoas, entre elas vários muçulmanos.
Em meio ao debate, os pregadores disseram que Allah “não existia” e que todos os islâmicos iriam “queimar no inferno”. Isso foi o suficiente para que eles fossem denunciados. Quando as autoridades chegaram, levaram os dois para prestar depoimento na delegacia. Após ouvirem as testemunhas, foi instaurado um processo contra eles.
O Tribunal de Magistrados de Bristol, que julgou o caso esta semana, condenou os dois pregadores a pagarem uma multa de 300 libras esterlinas cada (cerca de R$ 1.200). Como perderam a causa, terão de arcar com os custos judiciais, que somam £ 3.372 (cerca de R$12.600).
Durante o julgamento, que durou quatro dias, Ian Jackson, o promotor do caso, argumentou que eles não deveriam anunciar que “Jesus é o único caminho para Deus”, pois isso “não pode ser verdade”.
Adrian Clark, um terceiro evangelista, chegou a ser preso, mas acabou livre no julgamento por falta de provas contra ele.
Diante da corte de justiça, o argumento principal dos dois evangelistas é que eles exerciam sua liberdade religiosa, pois falavam apenas o que estava na Bíblia. Os registros mostram que Stockwell citou as palavras de Jesus na Bíblia: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, para dizer às pessoas que o ouviam que elas não podiam depender de sua religião para irem para o céu.
O argumento do promotor é que eles não podem proclamar o que “acreditam ser verdade”. Foi levantado ainda que o conteúdo de sua pregação era “homofóbico” e “islamofóbico”.
Para Overd esse foi o segundo julgamento do gênero, pois em 2014 foi acusado de “ofender a religião islâmica” quando denunciou publicamente Maomé por ter se casado com uma menina de 9 anos.
A ONG Christian Concern, que defendeu os evangelistas no caso, irá recorrer da sentença. O advogado Michael Phillips chamou a acusação de “um julgamento moderno de heresia – disfarçado de um caso de ordem pública”.
Andrea Williams, que lidera o Centro Legal Cristão, criticou a decisão do tribunal por afirmar que citar a Bíblia é “discurso de ódio”. “A Bíblia e seus ensinamentos são o alicerce de nossa sociedade e proporcionam muitas das liberdades e proteções que ainda desfrutamos hoje.”
Portanto, é inacreditável que a acusação, falando em nome do Estado, possa dizer que a Bíblia contém palavras abusivas que, ao serem anunciadas em público, constituem uma ofensa criminal”, lamentou.
Com informações de BBC
Phonte: Gospel Prime
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