“Não é preciso ser cristão para entender o potencial negativo do livro”, declarou o senador | Foto: Moreira Mariz/Agência Senado
Senador defendeu liberdade de expressão, mas criticou o governo federal por adquirir obra que, na sua opinião, faz chacota de cristãos e cultua o diabo
O senador Wilder Morais (PP-GO) subiu à tribuna na última terça-feira (14/3) para criticar o Ministério da Educação pela adoção do livro A Máquina de Brincar, do escritor gaúcho Paulo Betancur. A obra é alvo de polêmica por supostamente fazer apologia ao diabo. Para Wilder, a história promove “culto ao satanismo” por apresentar o capeta como um “amigo”.
Além de criticar o teor da obra, o senador acrescentou ainda que o Brasil é um estado laico e, por isso, não deveria promover livros com este tipo de conteúdo. “Em vez de apreciar os clássicos da literatura, a criança é apresentada ao diabo como um personagem cortês e a Deus como algo questionável”, criticou ele.
“O livro é um bem duradouro, vai continuar nas escolas à disposição das crianças, com a personalidade ainda em formação e a mente exposta e sem defesa”, prosseguiu. Wilder também afirmou que o livro zomba pessoas religiosas e a oração, fazendo da obra uma “heresia”.
Para o parlamentar, não é necessário ser cristão para “entender a influência exercida pelo livro e seu grande potencial negativo”. Ele acrescentou ainda que não é favorável à censura e que os autores devem ter direito de escrever e publicar o que quiserem, mas, por outro lado, o governo não deveria financiar obras do tipo.
Phonte: Jornal Opção
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