Este é um bom momento para ser um falso mestre e defender uma doutrina mortal. Parece que o herege mais desavergonhado na atualidade receberá uma audiência e, com toda a probabilidade, um contrato para publicar um livro. A novidade é atraente, a ortodoxia é considerada enfadonha.
São aqueles que fazem o alerta e lançam o desafio que correm o risco de serem rotulados de “odiadores”. Há mais paciência para aqueles que subvertem a verdade de modo sorrateiro do que para aqueles que a defendem corajosamente. A convicção é um sinal de arrogância, enquanto a humildade é expressa na incerteza.
O amor, ao que parece, requer que suportemos com paciência qualquer quantidade de erro. E esse tipo de amor, nos é dito, é exemplificado por Jesus. Ele não julgou, acolheu todas as opiniões, teria aceitado diferentes tipos de ensinos, desde que esses ensinos contivessem amor e vestígios de verdade.
No entanto, um rápido exame dos evangelhos mostra que essa opinião está muito distante do Jesus da Bíblia. Isso mostra que a sociedade reinterpretou Jesus através do relativismo de nossos dias. Quando Jesus interagia com pessoas buscadoras, perdidas e equivocadas, ele invariavelmente era compassivo. Ele lhes respondeu com paciência e bondade. Mas quando Jesus interagia com hipócritas religiosos e falsos mestres, ele respondia com ira justa e convicção firme.
Hoje, aqueles que amam a verdade precisam aprender a demonstrar uma convicção firme como a de Jesus por meio da antiga disciplina da polêmica: a prática de se engajar em debates e disputas públicas. O objetivo da polêmica não é “marcar pontos” ou flexionar o músculo teológico, mas repreender os mercadores de erros e expressar preocupação com aqueles que são capturados por suas mentiras.
No entanto, um rápido exame dos evangelhos mostra que essa opinião está muito distante do Jesus da Bíblia. Isso mostra que a sociedade reinterpretou Jesus através do relativismo de nossos dias. Quando Jesus interagia com pessoas buscadoras, perdidas e equivocadas, ele invariavelmente era compassivo. Ele lhes respondeu com paciência e bondade. Mas quando Jesus interagia com hipócritas religiosos e falsos mestres, ele respondia com ira justa e convicção firme.
Hoje, aqueles que amam a verdade precisam aprender a demonstrar uma convicção firme como a de Jesus por meio da antiga disciplina da polêmica: a prática de se engajar em debates e disputas públicas. O objetivo da polêmica não é “marcar pontos” ou flexionar o músculo teológico, mas repreender os mercadores de erros e expressar preocupação com aqueles que são capturados por suas mentiras.
Como os antigos hereges de Creta, os falsos mestres de hoje devem ser calados “porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância” (Tt 1.11). Ao fazermos isso bem, imitamos a Jesus Cristo, que foi um polemista habilidoso.
Vemos um exemplo da polêmica de Jesus em Mateus 23, onde Jesus fala à multidão sobre os escribas e fariseus. O que ocorre nessa ocasião não é uma defesa privada, mas uma censura pública. Jesus aborda publicamente a doutrina mortal daqueles líderes religiosos em benefício de suas vítimas e de vítimas em potencial. Jesus não esconde nada. Ele não tem tempo para elogia-los pelas coisas que fazem bem.
Vemos um exemplo da polêmica de Jesus em Mateus 23, onde Jesus fala à multidão sobre os escribas e fariseus. O que ocorre nessa ocasião não é uma defesa privada, mas uma censura pública. Jesus aborda publicamente a doutrina mortal daqueles líderes religiosos em benefício de suas vítimas e de vítimas em potencial. Jesus não esconde nada. Ele não tem tempo para elogia-los pelas coisas que fazem bem.
Ele não prepara o seu discurso para dar-lhes o benefício da dúvida. Antes, especifica o seu erro doutrinário e ações de injustiça; as rotula com linguagem forte, mas apropriada; adverte sobre as consequências de seu erro; e convoca os seus ouvintes a rejeitarem os falsos mestres e a sua doutrina mortal.
Jesus evidencia o erro doutrinário dos falsos mestres
Aquelas autoridades religiosas estavam mascarando o erro como se fosse a verdade. Jesus confronta o erro deles dizendo à multidão: “Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los” (Mt 23.4). Em nome de Deus, esses líderes defendem um sistema de justiça baseado em obras que ignora e nega a livre graça de Deus.
Jesus lhes dá um exemplo de seu falso ensino: “Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas, se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou!” (Mt 23.16). Eles reinventaram a fé para que pudessem manter uma aparência religiosa mesmo quando violavam os juramentos.
Eles adaptaram as suas crenças para que pudessem permanecer justos segundo a letra da lei, mesmo que violassem o seu espírito. Jesus identifica isso como uma falsa doutrina e a enfrenta.
Quando respondemos ao erro lhe dando o benefício da dúvida, chegamos perto de cometer o mesmo erro que os falsos mestres: mascarar o erro como se fosse a verdade. Como Jesus, devemos amar a verdade e amar as pessoas o suficiente para chamarmos o erro do que ele é.
Quando respondemos ao erro lhe dando o benefício da dúvida, chegamos perto de cometer o mesmo erro que os falsos mestres: mascarar o erro como se fosse a verdade. Como Jesus, devemos amar a verdade e amar as pessoas o suficiente para chamarmos o erro do que ele é.
Jesus evidencia as ações injustas dos falsos mestres
As autoridades religiosas ensinam o erro como se fosse a verdade e, em consequência, agem de modo hipócrita. Quando Jesus adverte a multidão do erro doutrinário desses líderes, ele também fala sobre as ações ímpias deles.
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mt 23.23).
E novamente:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança! Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo!” (Mt. 23. 25-26).
Jesus evidencia as ações injustas dos falsos mestres.
Alguns podem achar difícil conciliar o amor de Jesus e sua repreensão ousada nessa ocasião, mas isso revela uma perigosa tendência de separar o amor de Deus de sua implacável demanda pela verdade. Desonra a Deus quando chamamos a injustiça de boa (Is 5.20). Honra-o quando nós, como Jesus, chamamos a injustiça de má.
Alguns podem achar difícil conciliar o amor de Jesus e sua repreensão ousada nessa ocasião, mas isso revela uma perigosa tendência de separar o amor de Deus de sua implacável demanda pela verdade. Desonra a Deus quando chamamos a injustiça de boa (Is 5.20). Honra-o quando nós, como Jesus, chamamos a injustiça de má.
Jesus evidencia a verdadeira identidade dos falsos mestres
Tendo evidenciado a injustiça deles, Jesus descreve e rotula apropriadamente os falsos mestres. Somente em Mateus 23, Jesus chama os escribas e fariseus de “hipócritas” seis vezes. Além disso, ele os chama de “guias cegos”, “insensatos e cegos”, “cegos”, “túmulos caiados”, “filhos dos que mataram os profetas”, “serpentes” e “raça de víboras”. Jesus não se esquiva de chamar os falsos mestres exatamente do que eles são.
O “Jesus manso e humilde” expressa sem pecar a ira divina para com aqueles que deveriam falar a verdade, e não o erro, e que ensinavam doutrinas de demônios sob a bandeira do céu.
É verdade que devemos sempre evitar difamar alguém, chamando-o do que não é. Mas é igualmente verdade que quando Deus é caluniado por falsos mestres que afirmam ensinar em seu nome, devemos chamá-los do que eles são.
É verdade que devemos sempre evitar difamar alguém, chamando-o do que não é. Mas é igualmente verdade que quando Deus é caluniado por falsos mestres que afirmam ensinar em seu nome, devemos chamá-los do que eles são.
Jesus evidencia o juízo vindouro dos falsos mestres
Jesus se certifica que os seus ouvintes conheçam a completa gravidade dessa doutrina mortal. Ele sabe que aderir a tais ensinos falsos terá as consequências mais terríveis, então seis vezes ele repete a expressão “Ai”. Essa é uma palavra de juízo divino, de miséria abjeta que pressagia um fim miserável.
“Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mt. 23.32).
Eles não escaparão, e nem aqueles que se submetem a tal erro odioso.
Como temos explorado ao longo desta série, a doutrina falsa é uma doutrina mortal que conduz mestres e ouvintes à destruição. É bom e amoroso alertá-los sobre essa destruição, para que retornem “à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade” (2Tm 2.26).
Como temos explorado ao longo desta série, a doutrina falsa é uma doutrina mortal que conduz mestres e ouvintes à destruição. É bom e amoroso alertá-los sobre essa destruição, para que retornem “à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade” (2Tm 2.26).
Jesus chama os seus ouvintes para a verdade
Jesus expõe a doutrina mortal e as ações injustas desses falsos mestres. Ele descreve apropriadamente aqueles que aceitam essa doutrina e expõe as consequências desse erro. No entanto, a polêmica não é meramente confrontar o erro, mas também ensinar a verdade. E a ortodoxia não é apenas conhecer a verdade, mas também se submeter a ela. Por essas razões, Jesus apela aos seus ouvintes para que se afastem do absurdo e da inconsistência do erro em relação à verdade de Deus.
Ao contrário dos escribas e fariseus que fazem todos os seus atos para serem vistos pelos outros, Jesus diz à multidão:
“Mas o maior dentre vós será vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mt 23.11-12).
Se os ouvintes de Jesus apenas aplicarem a razão e a lógica, eles verão que esse ensino não pode ser verdadeiro e que essas ações não promovem a justiça. Eles rejeitarão o que é falso e aceitarão com alegria o que é verdadeiro. Eles deixarão de lado a falsa doutrina e a hipocrisia religiosa para, em vez disso, abraçarem a sã doutrina e a vida piedosa.
Se os ouvintes de Jesus apenas aplicarem a razão e a lógica, eles verão que esse ensino não pode ser verdadeiro e que essas ações não promovem a justiça. Eles rejeitarão o que é falso e aceitarão com alegria o que é verdadeiro. Eles deixarão de lado a falsa doutrina e a hipocrisia religiosa para, em vez disso, abraçarem a sã doutrina e a vida piedosa.
Conclusão
Este é um bom momento para ser um falso mestre e defender uma doutrina mortal. E continuará a ser, a menos que o povo de Deus aceite a sua responsabilidade de defender a fé e proteger as pessoas vulneráveis. Jesus nos deixou tanto a ordem quanto o exemplo.
Jesus mostra que, enquanto a polêmica gera poucos amigos (afinal de contas, foram os que ele repreendeu que o mataram e os que ele advertiu que o abandonaram), isso honra Deus e salva os ouvintes de caírem na armadilha da doutrina mortal.
Sou grato a Conrad Mbewe por seu esboço dessa passagem.
Por: Tim Challies. © Challies. Website: challies.com. Traduzido com permissão. Fonte: How Jesus Called Out False Teachers and Deadly Doctrine.
Original: Como Jesus enfrentou os falsos mestres e a doutrina mortal. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Tradução: William Teixeira. Revisão: Camila Rebeca Teixeira.
Sou grato a Conrad Mbewe por seu esboço dessa passagem.
Por: Tim Challies. © Challies. Website: challies.com. Traduzido com permissão. Fonte: How Jesus Called Out False Teachers and Deadly Doctrine.
Original: Como Jesus enfrentou os falsos mestres e a doutrina mortal. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Tradução: William Teixeira. Revisão: Camila Rebeca Teixeira.
Phonte: Voltemos ao Evangelho
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