"Pagamos um alto preço por sermos cristãos. Quantos de nós estão sem casa, tendo a família ameaçada de violência sexual enquanto eles me dizem para orar e ser tolerante", protesta líder.
A comunidade cristã do Iraque – que ainda tenta curar as profundas feridas após anos de severa perseguição pelos jihadistas do Estado Islâmico – queixa-se da posição pública do papa Francisco em relação ao islamismo. Diferentemente de Bento 16, que denunciava o histórico de genocídio dos maometanos, o atual pontífice fala muito sobre ‘diálogo’, o que é visto por parte dos cristãos como uma atitude de “submissão”.
“Nós realmente ficamos enfraquecidos pela postura tomada pelo Vaticano”, explica Aziz Emmanuel al-Zebari, 68, líder comunitário e professor da Universidade Católica de Erbil. Em entrevista à Fox News, ele afirma que “O Vaticano está ensinando a comunidade cristã a ser submissa [ao Islã]. Isso não nos ajuda a reconquistar nossos direitos”.
Na visão de Zebari e outros líderes cristãos locais, a constante defesa do papa que é preciso compreensão e diálogo ao lidar com muçulmanos cria um sentimento de insegurança entre os que são perseguidos por sua fé.
Isso também provocou uma divisão interna entre os católicos e os membros dos demais ramos do cristianismo no Iraque. Dizer que os muçulmanos são “irmãos” enquanto eles, via de regra, se comportam como inimigos dos “infiéis que seguem a Jesus” também não é bem-visto pelos cristãos iraquianos.
Para Zebari, a abordagem do Papa é “ingênua e míope”. Para aqueles que, como ele, estão longe do conforto de Roma e vivem na “linha de fogo”, é constante o temor de perder a vida por causa de sua fé.
Ele denuncia que não existe essa “igualdade” defendida pelos cristãos ocidentais. “Pagamos um alto preço por sermos cristãos. Quantos de nós estão sem casa, tendo a família ameaçada de violência sexual enquanto eles me dizem para orar e ser tolerante”, protesta.
Futuro sombrio
Estima-se que haja menos de 200 mil cristãos atualmente no Iraque. Eram cerca de 1,4 milhão há 30 anos, de acordo com dados do censo iraquiano. A maioria deles vive na região semiautônoma do Curdistão e nos arredores de Mosul.
O professor Zebari teme que a comunidade cristã seja “dissolvida” pelas mudanças demográficas na era pós-Estado Islâmico. Áreas tradicionalmente cristãs do país estão desertas, com a maioria dos seus habitantes tendo fugido para outros países. “Centenas de nossas aldeias foram perdidas e estamos à beira da extinção”, lamenta, acrescentando que “o futuro é sombrio para os cristãos por aqui. Eu não vejo uma luz no fim do túnel.”
Procurado pela Fox, o Vaticano não quis responder às acusações do líder iraquiano. Lembra apenas que em julho o papa Francisco se reunirá com lideranças de igrejas e comunidades cristãs do Oriente Médio em Bari, na Itália, para “um dia de oração e reflexão”.
O livro “Nós Irmãos”, lançado esta semana na Itália, tem o prefácio de Francisco. Nele, o pontífice fala sobre o diálogo inter-religioso e pede que “não haja mais guerras em nome da religião” sem, contudo, denunciar a intensa perseguição a que os cristãos são submetidos no Oriente Médio.
“Nós realmente ficamos enfraquecidos pela postura tomada pelo Vaticano”, explica Aziz Emmanuel al-Zebari, 68, líder comunitário e professor da Universidade Católica de Erbil. Em entrevista à Fox News, ele afirma que “O Vaticano está ensinando a comunidade cristã a ser submissa [ao Islã]. Isso não nos ajuda a reconquistar nossos direitos”.
Na visão de Zebari e outros líderes cristãos locais, a constante defesa do papa que é preciso compreensão e diálogo ao lidar com muçulmanos cria um sentimento de insegurança entre os que são perseguidos por sua fé.
Isso também provocou uma divisão interna entre os católicos e os membros dos demais ramos do cristianismo no Iraque. Dizer que os muçulmanos são “irmãos” enquanto eles, via de regra, se comportam como inimigos dos “infiéis que seguem a Jesus” também não é bem-visto pelos cristãos iraquianos.
Para Zebari, a abordagem do Papa é “ingênua e míope”. Para aqueles que, como ele, estão longe do conforto de Roma e vivem na “linha de fogo”, é constante o temor de perder a vida por causa de sua fé.
Ele denuncia que não existe essa “igualdade” defendida pelos cristãos ocidentais. “Pagamos um alto preço por sermos cristãos. Quantos de nós estão sem casa, tendo a família ameaçada de violência sexual enquanto eles me dizem para orar e ser tolerante”, protesta.
Futuro sombrio
Estima-se que haja menos de 200 mil cristãos atualmente no Iraque. Eram cerca de 1,4 milhão há 30 anos, de acordo com dados do censo iraquiano. A maioria deles vive na região semiautônoma do Curdistão e nos arredores de Mosul.
O professor Zebari teme que a comunidade cristã seja “dissolvida” pelas mudanças demográficas na era pós-Estado Islâmico. Áreas tradicionalmente cristãs do país estão desertas, com a maioria dos seus habitantes tendo fugido para outros países. “Centenas de nossas aldeias foram perdidas e estamos à beira da extinção”, lamenta, acrescentando que “o futuro é sombrio para os cristãos por aqui. Eu não vejo uma luz no fim do túnel.”
Procurado pela Fox, o Vaticano não quis responder às acusações do líder iraquiano. Lembra apenas que em julho o papa Francisco se reunirá com lideranças de igrejas e comunidades cristãs do Oriente Médio em Bari, na Itália, para “um dia de oração e reflexão”.
O livro “Nós Irmãos”, lançado esta semana na Itália, tem o prefácio de Francisco. Nele, o pontífice fala sobre o diálogo inter-religioso e pede que “não haja mais guerras em nome da religião” sem, contudo, denunciar a intensa perseguição a que os cristãos são submetidos no Oriente Médio.
Phonte: Gospel Prime
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