Fogo começou por volta das 4h da manhã na residência de Patrícia Moreira
A polícia prendeu na tarde desta sexta-feira um suspeito de ter provocado o incêndio que atingiu parte da casa de Patrícia Moreira, a jovem que proferiu injúrias raciais contra o goleiro Aranha, do Santos. O fogo começou por volta das 4h da manhã. Não havia ninguém no local, que está fechado desde o dia do jogo entre Grêmio e e a equipe paulista, pela Copa do Brasil.
O suspeito foi preso nas proximidades da 14ª Delegacia de Polícia, na zona norte de Porto Alegre. De acordo com o delegado Thiago Baldin, o homem foi apontado por uma testemunha do incêndio e posteriormente identificado pela polícia.
De acordo com o advogado de Patrícia, Alexandre Rossato, o Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para conter as chamas.
- O incêndio foi de pequenas proporções, mas houve o incêndio.Pegou uma parte pequena da casa e ninguém se feriu - garantiu o advogado ao GloboEsporte.com.
Depois de inicialmente negar a ocorrência, o Corpo de Bombeiros confirmou o fogo na residência de Patrícia. De acordo com a corporação, o incêndio foi de pequenas proporções e quando a equipe chegou ao local o fogo já havia sido controlado por vizinhos e familiares.
De acordo com um dos irmãos de Patrícia, o fogo foi ateado em um banco de madeira.Vizinhos perceberam as chamas, por volta das 4h, e apagaram antes que pudessem atingir a residência. Segundo o delegado da Polícia Civil Thiago Baldin, uma vizinha foi convocada a prestar depoimentos sobre o caso.
- A vizinha que viu comunicou um dos irmãos da patrícia às 4h. Não há registro de chamado nos Bombeiros, e a Polícia Civil não havia sido comunicada. Ela (vizinha) foi levada para a DP para tomarmos o depoimento dela agora, para ver se ela viu alguém. Preservamos o local e estamos aguardando a equipe do Instituto Geral de Perícias para realização da perícia. Apenas o irmão dela, que é o dono da casa, entrou lá - relata.
Uma das vizinhas, a atendente Márcia Muller, se disse "impressionada" com os acontecimentos e defendeu Patrícia, a quem conhece há cerca de dois anos.
- Eu esto impressionada com o modo como eles estão agindo. O que tem a casa a ver? Ela já está pagando pelo que fez. Vao fazer o que agora com ela? É uma ignorância. Ela não é racista, ela tem amigos próximos que são morenos - contou.
Diante da repercussão do caso, Patrícia evitou dormir em casa nos últimos dias. Ela se refugiou em residências de parentes e amigos para evitar retaliação. Nem a mãe diz saber de seu paradeiro. Pedras foram jogadas em direção a sua casa. O GloboEsporte.com visitou a região na tarde de sábado e ouviu os vizinhos. Amigos negros da menina de 23 anos garantem que ela não é racista.
Na última semana, Patrícia prestou depoimento à polícia e fez um pronunciamento à imprensa. Ela negou ser racista e pediu perdão ao goleiro Aranha.
- Boa tarde, eu quero pedir desculpas para o goleiro Aranha, desculpa mesmo, perdão de coração. Não sou racista. Aquela palavra macaco não foi racismo da minha parte. Não teve intenção racista. Foi no calor do jogo, o Grêmio tava perdendo. O Grêmio é minha paixão. Minha paixão mesmo. Eu vivi sempre indo ao jogo do Grêmio. Sempre. Largava tudo pra ir no jogo do Grêmio. Peço desculpas pro Grêmio, pra nação tricolor, não queria nunca prejudicar o Grêmio. Eu amo o Grêmio. Desculpas para o Aranha. Perdão, perdão, perdão mesmo - disse.
As injúrias raciais proferidas por torcedores gremistas contra o goleiro tiveram outro desdobramento. Em julgamento na quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, por unanimidade, excluir o Grêmio da Copa do Brasil. No primeiro duelo das oitavas de final, os paulistas bateram os gaúchos por 2 a 0. O jogo de volta já havia sido suspenso até o julgamento do caso no STJD.
Fonte: RBS TV
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O suspeito foi preso nas proximidades da 14ª Delegacia de Polícia, na zona norte de Porto Alegre. De acordo com o delegado Thiago Baldin, o homem foi apontado por uma testemunha do incêndio e posteriormente identificado pela polícia.
De acordo com o advogado de Patrícia, Alexandre Rossato, o Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para conter as chamas.
- O incêndio foi de pequenas proporções, mas houve o incêndio.Pegou uma parte pequena da casa e ninguém se feriu - garantiu o advogado ao GloboEsporte.com.
Depois de inicialmente negar a ocorrência, o Corpo de Bombeiros confirmou o fogo na residência de Patrícia. De acordo com a corporação, o incêndio foi de pequenas proporções e quando a equipe chegou ao local o fogo já havia sido controlado por vizinhos e familiares.
De acordo com um dos irmãos de Patrícia, o fogo foi ateado em um banco de madeira.Vizinhos perceberam as chamas, por volta das 4h, e apagaram antes que pudessem atingir a residência. Segundo o delegado da Polícia Civil Thiago Baldin, uma vizinha foi convocada a prestar depoimentos sobre o caso.
- A vizinha que viu comunicou um dos irmãos da patrícia às 4h. Não há registro de chamado nos Bombeiros, e a Polícia Civil não havia sido comunicada. Ela (vizinha) foi levada para a DP para tomarmos o depoimento dela agora, para ver se ela viu alguém. Preservamos o local e estamos aguardando a equipe do Instituto Geral de Perícias para realização da perícia. Apenas o irmão dela, que é o dono da casa, entrou lá - relata.
Vizinhos de Patrícia Moreira observam casa que foi incendiada (Foto: Paula Menezes/GloboEsporte.com)
- Eu esto impressionada com o modo como eles estão agindo. O que tem a casa a ver? Ela já está pagando pelo que fez. Vao fazer o que agora com ela? É uma ignorância. Ela não é racista, ela tem amigos próximos que são morenos - contou.
Diante da repercussão do caso, Patrícia evitou dormir em casa nos últimos dias. Ela se refugiou em residências de parentes e amigos para evitar retaliação. Nem a mãe diz saber de seu paradeiro. Pedras foram jogadas em direção a sua casa. O GloboEsporte.com visitou a região na tarde de sábado e ouviu os vizinhos. Amigos negros da menina de 23 anos garantem que ela não é racista.
Na última semana, Patrícia prestou depoimento à polícia e fez um pronunciamento à imprensa. Ela negou ser racista e pediu perdão ao goleiro Aranha.
Patrícia Moreira chorou ao conceder entrevista
(Foto: Luciano Leon / Agência Estado)
(Foto: Luciano Leon / Agência Estado)
As injúrias raciais proferidas por torcedores gremistas contra o goleiro tiveram outro desdobramento. Em julgamento na quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, por unanimidade, excluir o Grêmio da Copa do Brasil. No primeiro duelo das oitavas de final, os paulistas bateram os gaúchos por 2 a 0. O jogo de volta já havia sido suspenso até o julgamento do caso no STJD.
Fonte: RBS TV
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