O portal Gospel Prime está em Brasília e falou com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSC/SP), que trabalha seguidamente junto à Frente Parlamentar Evangélica. Ele explica que foi criado numa família com fortes valores cristãos e isso tem pautado sua vida pessoal e política. Filho do deputado Jair Bolsonaro (PSC/RJ), Eduardo é advogado e servidor público (Polícia Federal).
Ele tem sido um dos defensores mais incisivos na Câmara dos Deputados nas questões que contrariam a agenda ideológica do governo petista, que inclui o ensino da sexualidade nas escolas para crianças pequenas. O parlamentar defende que a sexualidade é um assunto que deve ser tratado “dentro de casa” e não ensinado de maneira distorcida no material escolar publicado pelo Ministério da Educação e Cultura.
Já acostumado com as acusações de ser “intolerante”, “homofóbico” e “portador de um discurso de ódio”, ele não se deixa abater e explica que isso é uma estratégia antiga, que segue um ideal dos primórdios do comunismo. Também defende que as acusações que seu pai mataria um filho caso esse fosse homossexual são falaciosas.
Alvo seguido de deputados ligados à esquerda, Eduardo acredita que eles se contradizem com frequência. Ao mesmo tempo que são contra a redução da maioridade penal, defendem que um menor de idade possa trocar de sexo.
Bolsonaro reafirma que sua posição é totalmente contrária a legalização de drogas e a legalização total do aborto. Explica que defende projetos de Lei como o proposto pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) que pune quem colabora a interrupção da gravidez.
Questionado se, contrariando o ditado, “política e religião se discutem”, ele acredita que sim. Para ele, não se pode esquecer que as decisões do Congresso afetam a vida de todos os cidadãos do país. Não se posicionar, “é o que basta para o que o mal triunfe”, assevera.
Para ele, o povo de Deus tem os mesmos direitos de todos os outros cidadãos. Para o parlamentar, seu principal objetivo é frear projetos de lei que são desvantajosos para a maioria da sociedade, que é cristã. Sua própria escolha de pertencer ao Partido Social Cristão, lhe garante liberdade de atuação na defesa dessas bandeiras.
Crítico contumaz da administração do PT, ele afirma que também o PC do B e o PSOL possuem ideologias políticas contrárias às bandeiras cristãs. Reconhece ainda que existe uma “onda conservadora” no Brasil e que isso significa que o “povo caiu na real”.
Ele se mostra insatisfeito com o número de projetos de lei que tramitam na Câmara que defendem uma verdadeira “inversão dos valores”. Acusa o governo do Partido dos Trabalhadores de viver de “falácias” e condena a perda gradativa do sentimento de autoridade na nação. Finaliza ressaltando que a “verdade hipotética não existe” e que o país só voltará a ser produtivo quando for “pautado pelos valores cristãos”.
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